A constipação intestinal é também chamada de prisão de ventre, obstipação intestinal ou intestino preso. É mais comum em mulheres, mas pode ocorrer em ambos os sexos e em qualquer idade.
É caracterizada pela permanência de vários dias sem evacuar, esforço evacuatório importante, eliminação de fezes duras ou em pequena quantidade ou necessidade de ajuda das mãos para facilitar a evacuação. Muitos pacientes recorrem ao uso de laxantes e passam a ser dependentes destes.
Ela não é uma doença específica e sim um sintoma. Na maior parte dos casos é decorrente de maus hábitos alimentares, falta de atividade física, ansiedade, depressão, hábito de adiar as idas ao banheiro ou uso de medicações. Quando acompanhada de outros sintomas como sangramento, perda de peso, perda de apetite, dores abdominais e anemia pode estar associada a outras doenças que necessitem de investigação e tratamento.
O diagnóstico é feito por meio da história clínica (incluindo hábitos alimentares) e exame físico. Podem ser realizados ainda exames complementares como dosagens hormonais, exames de sorologia para Doença de Chagas, colonoscopia, clister opaco, manometria anorretal, tempo de trânsito colônico e ultrassonografia endorretal tridimensional.
O tratamento é realizado por meio do aumento da ingestão de fibras e líquidos na dieta, realização de atividade física regular, orientações sobre os hábitos evacuatórios, medicações e até mesmo fisioterapia do assoalho pélvico em pacientes com distúrbios da coordenação da musculatura. Os laxativos nunca devem ser utilizados sem orientação médica uma vez que podem piorar os sintomas ou provocar complicações em pacientes portadores de obstruções intestinais.