Dicas de Saúde

Maio Roxo – Mês de conscientização das doenças inflamatórias intestinais

By 4 de novembro de 2019 fevereiro 18th, 2020 No Comments

Durante o mês de maio, o GEDIIB (Grupo de Estudos de Doença Inflamatória Intestinal do Brasil), juntamente com outras sociedades, como a de Proctologia e Gastroenterologia, que se dedicam às doenças do aparelho digestivo, participam do Maio Roxo. Esta campanha tem como objetivo chamar a atenção da sociedade e parlamentares promovendo maior conscientização e melhoria na qualidade de vida daqueles que lutam contra as doenças inflamatórias intestinais. O mês também será marcado com caminhadas, palestras, simpósios, distribuição de informativos, campanhas na mídia, etc.

As doenças inflamatórias intestinais (DIIs), como a doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa, são sérias, têm caráter crônico e afetam homens e mulheres indistintamente. O diagnóstico acontece geralmente por volta dos 30 anos de idade, impactando negativamente o comportamento no trabalho e a vida familiar do paciente. Ainda sem causa comprovada, podem estar ligadas a fatores hereditários e imunológicos, podendo ser agravadas pelos hábitos de vida. Tanto na Retocolite Ulcerativa quanto na Doença de Crohn, os sintomas são semelhantes: dor abdominal, hemorragia retal, diarreia, urgência para evacuar e aumento na frequência e dos movimentos intestinais. Estes sintomas tendem a aparecer e desaparecer e podem afetar o status nutricional do indivíduo, além de perda fecal de sangue, fluidos e eletrólitos (sais minerais), em decorrência da hemorragia e diarreias frequentes.

Estima-se que 25% dos pacientes podem ser submetidos à cirurgia em algum momento do curso da doença. Ambas as formas da doença podem ter manifestações extraintestinais, como problemas oculares, articulares, pele, vias biliares e fígado. Na dependência das características dos sintomas, especialmente sangramento, podem ser confundidas com hemorroidas. Vale ressaltar, contudo, que, apesar de as DIIs não terem cura, quando tratadas adequadamente, há melhora significativa na qualidade de vida da pessoa e diminuição no índice de complicações.

Dr. Alexandre Khodr Furtado
CRM-DF 13617