O câncer do ânus e do canal do ânus é raro, e acomete geralmente indivíduos acima de 50 anos.
É mais comum em portadores de doenças sexualmente transmissíveis, principalmente HPV (papiloma vírus humano) e HIV (vírus da imunodeficiência adquirida), fumantes, pacientes imunodeprimidos (transplantados ou que fazem uso crônico de corticóides) ou submetidos à radioterapia.
Os sintomas mais frequentes são a presença de sangramento ou saída de secreção na região anal, nódulos (caroços) ou feridas internas ou externas, dor ou prurido (coceira) anal ou ainda inchaços e caroços na virilha.
O diagnóstico é realizado por meio do exame proctológico que inclui a avaliação do ânus, o toque retal e a avaliação do canal anal por meio de um espéculo (anuscopia). A ultrassonografia endorretal tridimensional e os exames radiológicos (tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética) fornecem informações a respeito da extensão do acometimento no local e em outros órgãos (metástases). Os exames endoscópicos (retossigmoidoscopia ou colonoscopia) são utilizados para avaliação do reto e do cólon (intestino grosso). A biópsia da lesão (remoção de um pequeno fragmento) é muito importante para a descoberta da doença e planejamento do tratamento.
As chances de cura aumentam com o diagnóstico precoce (no início do problema). A escolha do melhor tratamento varia com as características do tumor e do paciente. Na maior parte dos casos inicia-se com uma combinação de radioterapia e quimioterapia. O tratamento cirúrgico pode ser indicado nos casos de lesões muito pequenas ou na falta de resposta ao tratamento de radioterapia e quimioterapia. O acompanhamento após tratamento é muito importante para o descoberta e tratamento precoce de possíveis recidivas (reaparecimento da doença).